domingo, 17 de fevereiro de 2008

Isaac Newton

Isaac Newton (1642 – 1727), um dos maiores génios científicos de sempre, baseou-se nos trabalhos de Kepler e Galileu para, numa síntese magistral, demonstrar que a força que faz cair os corpos, na vizinhança da Terra é, no fundo, da mesma natureza que a força que determina as órbitas dos planetas, encurvando as suas trajectórias e forçando-os a descrever essas órbitas em torno do Sol.

Na sua obra Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, editada pela primeira vez em 1687, Newton estabeleceu as três leis da Dinâmica e mostrou que, tanto a queda de um corpo (por exemplo, a queda de um fruto da árvore para o solo) como o movimento da Lua na sua órbita, podem ser explicados pela existência de uma força, resultante da interacção entre esses dois corpos. Essa força gravitacional (atractiva), também chamada força de atracção universal, depende das massas dos dois corpos e da distância entre eles. Assim, o fruto, abandonado, cai da árvore porque é solicitado para a Terra. A Terra atrai o fruto e o fruto atrai a Terra (com uma força da mesma intensidade, da mesma direcção e de sentido contrário), mas esta, devido à sua massa, muito maior que a do fruto, não se move ao encontro dele.

A intensidade desta força de atracção universal, F, exercida entre dois corpos de massas m1 e m2 à distância d um do outro, é dada pela expressão matemática simples


onde G é uma constante.

A importância da obra de Newton foi tremenda: o Homem começava a aperceber-se de que podia aplicar aos movimentos dos planetas e dos seus satélites as mesmas leis mecânicas às quais obedeciam os corpos terrestres situados ao alcance das suas mãos. A ciência já não se limitava a descrever os movimentos dos corpos celestes. Explicava-os com base em leis cujo campo de acção não se restringia à Terra. Passava a ser possível interpretar o Universo.

Newton, para além de muitas outras realizações, concebeu e construiu (em 1671), o primeiro telescópio reflector.


adaptado de Introdução à astronomia e às observações astronómicas

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